
O ano era 1998, o Brasil de Pelotas havia ficado em ÚLTIMO lugar no Grupo A da Primeira fase do Campeonato Gaúcho. Mas estávamos nos anos 90, fórmulas e regulamentos confusos DOMINAVAM os torneios regionais, logo, mesmo amargando o DÉCIMO PRIMEIRO lugar na fase de grupos, o Xavante foi à segunda fase do Gauchão 1998. Como?
Em 1997 tivemos a disputa da COPA GALEGO, que contou com a participação de 12 equipes do interior gaúcho: XV de Novembro, Inter de Santa Maria, Passo Fundo, São José, São Luiz, Brasil de Pelotas, Glória, Taquariense, Caxias, Brasil de Farroupilha, São Paulo e Ypiranga. Numa formato também estranho, com 3 fases e 4 grupos distribuídos entre elas, chegaram às finais Glória e São Luiz, com o título ficando na cidade de Ijuí. Mas não parava por aí, rolava nesse torneio um FAMIGERADO G4, que beneficiaria os clubes com uma classificação automática para a segunda fase do Campeonato Gaúcho de 1998. E lá estavam, além dos finalistas, o Xavante e o Inter de Santa Maria.

De rebaixado a classificado dentro do mesmo torneio, o Brasil classificou-se em segundo no Grupo F da fase seguinte e teria pela frente o poderoso Grêmio, dele, sim, ele mesmo, o Bruxo.
O primeiro jogo das quartas de final foi no Bento Freitas, jogo duro, no qual o Xavante segurou o 0x0. Mas o principal fato daquele dia seria no pós-jogo. O técnico do time da capital, Sebastião Lazaroni, insinuou em entrevistas que o time rubro-negro estava com alguns jogadores DOPADOS e, inclusive, sugeriu que fossem feitos exames para verificar se não havia nenhuma substância proibida no sangue dos jogadores xavantes. Foi a pior coisa que ele poderia ter dito.

No jogo de volta, os jogadores do Xavante entraram com SANGUE NOS OLHOS, pois precisavam provar que para vencer era necessário organização, técnica e muita raça. E assim foi, com gols de Cléber e Taílson, o Brasil abriu 2×0 no Grêmio, que ainda diminuiu com Marco Antônio. Mas ficou nisso, vitória Xavante por 2×1, em pleno Estádio Olímpico.
Ao final da partida, a torcida rubro-negra fazia festa nas arquibancadas do lendário estádio, e cantavam a plenos pulmões para Sebastião Lazaroni: “Ah, eu tô dopado! Ah, eu tô dopado!”.
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Eu estava na arquibancada nesse jogo do Bento Freitas e na verdade a entrevista do lazaroni foi no intervalo do jogo…na época os repórteres podiam entrevistar no intervalo e até mesmo dentro de campo…aí repercutiu nas rádios e a torcida já começou a gritar o “ah, eu tô dopado”
A torcida também gritava “ah, é tio erico” que era a homenagem ao erico ribeiro, na época maior produtor de arroz do brasil e que montou o time, para divulgar o nome dele já que sairia como candidato a deputado federal naquele ano…o time do Brasil era bom com ex-jogadores do Inter como Luiz Gustavo, Murilo e tinha também Tailson que fez o gol no olimpico…
o Brasil só não ganhou e até mesmo goleou o grêmio naquele jogo, e isso que impressionou o lazaroni, porque o gramado do bento freitas era um potreiro, mas ficou claro para todo mundo que o brasil era mais time e podia classificar em POA…detalhe que o ronaldinho gaúcho era banco naquele time para lá de medíocre do grêmio…só o lazaroni mesmo
boas memórias…