
O Atlético Nacional conquistou a Copa Libertadores da América 2016 ao vencer por 1 a 0 o Independiente del Valle do Equador. Essa foi a segunda vez que o time colombiano conquistou o principal torneio de clubes do mundo, sendo que a primeira diante da sua torcida, já que em 1989, a decisão teve que ser disputada em Bogotá, devido a reduzida capacidade de público do Estádio Atanásio Girardot.
Foram 27 anos de espera para que a torcida “verdolaga” pudesse soltar novamente o grito de campeão da América. Com uma campanha irretocável, e números surpreendentes, o título coroou a melhor equipe da competição. Em 14 jogos o Nacional sofreu apenas seis gols, tendo balançado as redes dos rivais em 25 oportunidades, venceu onze jogos e foi derrotado apenas uma vez, somando um total de 33 pontos, um a mais que o Boca Juniors na conquista de 2003.
A equipe de Medellín conseguiu seu gol logo no início do jogo, aos 8min do primeiro tempo, mais uma vez com o artilheiro Miguel Angel Borja, um dos principais destaques do time nas fases finais da competição. Mas a coragem e atitude ofensiva dos equatorianos não garantiam nada a favor dos colombianos. Em todas as fases até a decisão, o Independiente del Valle havia se classificado na casa do adversário, incluindo um sonoro 3 a 1 contra o Boca em pleno La Bombonera nas semifinais.

O jogo não foi tão emocionante como esperado, o Atlético Nacional mostrava muita ansiedade em campo, perdendo muitas chances de gols. Do lado equatoriano, a frieza das partidas anteriores ficou um pouco de lado, deixando claro o nervosismo do time na partida.
Logo no início do segundo tempo, Uchuari deu um “chapéu” em Bocanegra dentro da área e foi desarmado por Sanchez no momento da finalização, José Angulo ainda tentou chutar, mas, o juiz marcou impedimento. O lance causou muita discussão, pois a equipe equatoriana pediu pênalti no lance. Essa foi a chance mais clara de gol do time visitante, enquanto o Nacional continuava tentando fazer seu segundo gol.
Parecia que o Independiente del Valle já havia se conformado com o vice-campeonato, e que a sua missão na competição tinha sido cumprida, pois eliminou os fortíssimos River Plate e Pumas, além do já citado Boca Juniors. A história do pequeno clube da cidade de Sangolquí, um povoado próximo a capital equatoriana, já estava escrita. Em seu estádio há uma placa com uma curiosa inscrição dizendo que ele será o futuro campeão equatoriano, e quase que essa frase se tornou uma profecia ainda maior.
Para os colombianos essa foi a consagração de um grande trabalho realizado nos últimos anos, provando que os olhares do continente devem ser mudados para o norte, pois o país fez dois campeões nas últimas competições da América do Sul – O Independiente Santa Fé foi campeão da última Copa Sulamericana.
FICHA TÉCNICA:
Copa Libertadores da América 2016 – Final – Partida de volta
ATLÉTICO NACIONAL – COL 1×1 INDEPENDIENTE DEL VALLE – QUE
Local: Atanasio Girardot, em Medellín (COL)
Público: 47.000
Data: 27/07/16 (Quarta-feira)
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailovsky (ARG) y Ariel Scime (ARG)
Cartões amarelos: Guerra, Borja e Rescaldani (Atlético Nacional); Rizotto, Sornoza (Independiente del Valle).
Gols: Orlando Berrío (ATN), aos 36’ 1T e Arturo Mina (IDV) 40’ 2T
ATLÉTICO NACIONAL: Franco Armani; Daniel Bocanegra, Dávinson Sánchez, Alexis Henríquez, Farid Díaz; Alexander Mejía, Alejandro Guerra (Diego Arias, 43’ 2T), Macnelly Torres, Orlando Berrío, Marlos Moreno (Andrés Ibargüen, 31’ 2T); Miguel Borja (Ezequiel Rescaldani, 35’ 2T). Téc.: Reinaldo Rueda.
INDEPENDIENTE DEL VALLE: Librado Azcona; Christian Núñez, Arturo Mina, Luis Caicedo, Emiliano Tellechea (Miller Castillo, 33’2T); Jefferson Orejuela, Mario Rizotto, Julio Angulo (Jonathan González, 26’ 2T), Junior Sornoza (Jonny Uchuari, 1’ 2T), Bryan Cabezas; José Angulo. Téc.: Pablo Repetto.
Acompanhe os melhores momentos desse jogo:
Por: Wagner Ponce @wagnerponce
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