Amigo torcedor, amigo secador. No último sábado, dia 18 de junho de 2016, Belo Horizonte deixou de ser a terra do 7×1 e se tornou o ponto de encontro da maior confraria desse país: a comunidade Cenas Lamentáveis, esta que é símbolo da sobrevivência da raiz do futebol e que teve seus membros protagonizando o maior torneio do mundo, a II Copa CL. O evento reuniu pais e filhos, amigos e amigas, casais ou mesmo desconhecidos.

Na Copa CL a rivalidade ficou dentro de campo, com entradas duras, trocas de “carícias”, GOSTAMOS e muitos gols. Já fora da quadra, uma festa maravilhosa regada a papel higiênico, sinalizador, rojão, bateria e mascotes como o “Dollynho” e uma manequim. Boatos de que ambos terminaram a noite juntos. DESCUBRA!
Na cabeça do torcedor CL cheio de Danone, pouco importava se o time estava jogando ao som de cânticos maravilhosos, como “Acabou o amor, isso aqui vai virar o inferno!” ou “Arerê, lá fora a porrada vai comer!”. Fãs da comunidade travavam o Nintendo e cantavam para as duas equipes. Hora ou outra perguntavam o resultado do placar. Estavam todos muito entregues.
O evento contou ainda com a invasão da torcida bêbada antes mesmo do final da partida. Tinha torcedor pendurado na grade e subindo nas traves após o termino do jogo, além do consumo desenfreado de bebidas de procedência duvidosa e cigarros suspeitos. Para embalar a tarde, muito pagode noventista cantado pelos confrades do Garotos do Samba com coro dos jogadores e espectadores, tornando o evento ainda mais inesquecível.
Mais marcante que o resultado foram os momentos de alegria proporcionados aos brasileiros que não mereceram sequer a bola na trave do Chile. Amizades foram feitas, casais reconciliados (“Te amo patroa, bebeu comigo até o final e cantou o tempo todo”), além de um depoimento de escorrer suor dos olhos do grande Symonsen Acorroni e seu filho que, após a Copa CL, merece ser genro de qualquer admirador de um cidadão Lentra A.

É, confrades. Na CL ainda se alimentam nossas raízes no futebol com festa de verdade, sem frescura, sem medo de deixar o torcedor ser feliz. Na Copa CL o futebol e a festa vivem!
Texto: Daniel Bravo
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