
Por Pedro Kessler / RS
“A cada 3 minutos há 12 denúncias de violência de gênero.”. Está frase estampou a camisa 3 do Danubio/URU durante o mês de março. Não só este número, mas todas as camisas do clube estamparam dados sobre desigualdade de gênero no Uruguai. Na agenda do mês da mulher, a ação não surpreendeu quem conhece um pouco mais a história do clube.
María Mincheff de Lazaroff, mãe dos fundadores do clube, foi a responsável pela escolha do nome do time e, desde 2017, também é quem empresta o nome ao estádio do Danubio. No mesmo ano, o clube também deu início ao departamento feminino de futebol.
Para apresentar a iniciativa dos dados sobre desigualdade nas camisas, o clube contextualiza: “Uma mulher nos deu o nome e, muitos anos depois, os danubianos decidiram acrescentar à nossa casa: Jardines del Hipódromo ‘María Mincheff de Lazaroff’. Em 2017, a história do nosso futebol feminino começou e nós lutamos, a nossa comunicação e o nosso clube, por um futebol mais justo e por uma sociedade mais justa”.
Para além da estrutura machista do futebol, o Danúbio rompe com essa lógica e torna pública as diferenças de salário, as violências e o medo que o machismo produz, dentro e fora do futebol.
✊ Números a los que les damos la espalda
En el mes de las mujeres Danubio jugará con números que reflejan una realidad desigual.
➡ https://t.co/1YaV8FH9fT pic.twitter.com/CKJdoU49jr
— Danubio Fútbol Club (@DanubioFC) March 2, 2019
Os dados que estamparam a campanha foram coletados das organizações ONU Mulheres e InMujeres (Instituto Nacional das Mulheres do Ministério de Desenvolvimento Social da República Oriental do Uruguai). No vídeo acima, você conhece cada um deles.
Muito bom texto, contextualiza um problema notório no momento q deve ser cada vez mais divulgado, parabéns ao jornalista Pedro.